O Jardim – Palácio Nacional da Ajuda

Sobre a captação sonora: Para o ensemble, optou-se por um par stereo geral e microfones pontuais de forma a reforçar as diferentes cordas e sopros, reservando um outro par para garantir a captação clara da percussão.
Aos cantores, foram colocados dois microfones de lapela, de forma a captar a voz de forma clara e fácil de manipular em pós-produção. A récita foi totalmente tocada e cantada acusticamente.
O plano estipulado para a captação das permitiu um controlo mais detalhado e minucioso sobre todos os elementos, algo que não seria possível com a utilização de apenas um par stereo. 

Sobre a pós-produção de áudio: O processo começou por uma edição do áudio do microfone da soprano, dado que a personagem apenas se apresenta no segundo andamento da obra foi necessário cortar o áudio antes e depois, para que não se ouvisse a cantora fora de cena. Em seguida prosseguiu-se a uma pequena automação de volume no microfone do tenor para atenuar as suas respirações em silêncios e equilibrar com a soprano em certas partes conjuntas. Por fim, procedeu-se ao ajuste de níveis dos diversos microfones do ensemble, de forma a obter uma mistura equilibrada e coerente. Consequentemente, os processos de edição e mistura áudio das obras resultaram num produto final rico e conciso, tanto em termos técnicos como musicais.

Sobre a pós-produção de vídeo: Para a edição do vídeo, começou-se por alinhar as várias câmaras. Este passo consiste em sincronizar as diferentes faixas de vídeo pelo seu áudio, pela procura de um pico evidente na faixa de áudio de uma das câmaras e alinhando as restantes. Em seguida, procedeu-se à edição propriamente dita e escolha dos planos de câmara, visualizando de início ao fim e selecionando a faixa correspondente à pretendida. Por fim, adicionou-se a faixa de áudio previamente misturada, sincronizando-a da mesma forma previamente explicada e silenciando os áudios captados pelas câmaras em si.